top of page
Design sem nome (39).png
Quer saber se sua carteira pode render mais.png

Investimentos no Exterior: Guia Prático para Diversificar seu Patrimônio

  • Foto do escritor: By Oregon Invest
    By Oregon Invest
  • 30 de out.
  • 9 min de leitura

Muitos brasileiros já perceberam que proteger e fazer crescer o patrimônio exige ir além das fronteiras nacionais. Diversificar investimentos para fora do Brasil pode parecer sofisticado ou distante, mas cada vez mais pessoas e famílias de alta renda incluem ativos internacionais em suas carteiras de forma estruturada. As razões vão da busca por segurança até o desejo de acessar oportunidades globais, fortalecer o planejamento sucessório ou simplesmente evitar os riscos concentrados de um único país.


Diante de mudanças econômicas, regimes fiscais e eventos imprevisíveis, alocar recursos em várias moedas e diferentes países é mais do que uma moda. Trata-se de uma estratégia prática para ampliar horizontes, diluir riscos e potencializar ganhos em médio e longo prazo. Segundo o Banco Central do Brasil, brasileiros investiram US$ 4,374 bilhões no exterior em 2023. Esse número mostra não só maior interesse, mas também uma necessidade crescente de internacionalizar ativos.

Expandir fronteiras financeiras é um passo para conquistar estabilidade patrimonial real.

Neste artigo do blog da Oregon, você vai encontrar um guia direto e técnico, com um olhar humano sobre as oportunidades e desafios de investir fora do país. Tudo pensado para quem valoriza clareza, consistência e sentido de longo prazo nas decisões financeiras.


Por que pensar em ativos no exterior?


A primeira pergunta que muitos brasileiros fazem é simples: "Por que devo colocar parte do meu patrimônio fora do Brasil?" A resposta passa tanto por proteção como por oportunidade.

Por mais estável que um país pareça, todas as economias sofrem ciclos, seja por questões políticas, econômicas, jurídicas ou cambiais. Ter todos os recursos expostos ao Brasil pode ser confortável enquanto tudo vai bem. Mas basta uma crise, uma mudança de impostos ou um evento inesperado para abalar mesmo patrimônios sólidos.


Investir em dólares, euros, franco suíço ou libra esterlina protege contra desvalorizações do real. Isso não significa abandonar a moeda nacional, mas equilibrar reservas e ativos para reduzir o impacto de flutuações agressivas.

Mercados como o americano, europeu ou asiático abrigam empresas globais, setores inovadores e fundos gigantes. A chance de participar desses movimentos amplia o potencial de retorno, gera aprendizado e permite acessar produtos financeiros sofisticados.


Ativos no exterior podem ser fundamentais na proteção contra instabilidades jurídicas e facilitar transferências entre gerações. Isso é ainda mais estratégico para famílias que pensam na perenidade do patrimônio e desejam evitar longos processos de inventário no Brasil.

De acordo com dados recentes, o total de ativos de brasileiros no exterior já soma US$ 654,5 bilhões, mostrando o quanto a diversificação internacional já é realidade para milhares de pessoas.


Principais instrumentos para brasileiros


Há vários caminhos para acessar ativos internacionais, tanto pela estrutura do Brasil quanto abrindo portas em corretoras no exterior. Cada modelo tem vantagens e limitações. É importante, antes de escolher, entender o objetivo, o perfil de risco e as demandas fiscais de cada investidor.


BDRs: acesso mais fácil para começar


Os Brazilian Depositary Receipts (BDRs) são certificados negociados na B3, lastreados em empresas internacionais. Com eles, é possível negociar nomes como Apple, Google ou Coca-Cola sem sair do Brasil. Os BDRs facilitam o acesso inicial ao universo global, mas apresentam limitações: Há custos e spreads de conversão de moeda; A liquidez pode variar bastante; Nem sempre refletem 100% do comportamento das ações originais, devido a custos e questões cambiais; A tributação segue as regras brasileiras.


ETFs internacionais


Os Exchange Traded Funds replicam índices globais, como S&P 500, Nasdaq ou MSCI World. Eles são populares porque, com uma única aplicação, já se acessa dezenas ou centenas de ações ou títulos estrangeiros. Alguns ETFs têm muita liquidez e podem ser adquiridos via BDR, ou diretamente em bolsas externas, caso o investidor opte por abrir conta fora do Brasil.


Ações e fundos diretamente em corretoras internacionais


Este é o caminho para quem deseja liberdade total e maior profundidade na diversificação. Abrir conta em corretoras internacionais permite negociar ações, ETFs, REITs, títulos públicos e fundos sofisticados. É possível investir em empresas menores, setores inovadores ou buscar ativos que não existem no Brasil.

Este acesso direto, porém, exige atenção à legislação, custos operacionais, idioma e ao processo de remessa internacional de recursos. A estrutura patrimonial passa a ganhar protagonismo no planejamento familiar de médio e longo prazo.


Fundos globais


Os fundos internacionais oferecem praticidade e diversificação, pois reúnem diferentes classes de ativos e são geridos por profissionais. Eles podem ser acessados no Brasil (na forma de fundos de fundos FOFs ou multimercados globais) e também em plataformas internacionais. Vale estudar veículos estruturados e suas características para alinhar eficiência tributária e sucessória, tema tratado em detalhes no artigo fundos estruturados do blog da Oregon.


Benefícios de acessar moedas fortes e mercados globais


Investir apenas no Brasil pode parecer bom durante períodos de alta, mas cada país tem altos e baixos. A exposição a moedas como dólar ou euro funciona como um escudo: mesmo se o real perder valor, aquele patrimônio não é afetado. Isso gera tranquilidade para o investidor e pode, inclusive, ancorar projetos que dependem de custos em moedas estrangeiras, como filhos estudando fora ou negócios internacionais.

Além disso, o acesso aos mercados dos EUA e Europa permite investir em empresas e setores que são verdadeiros motores da economia mundial. Empresas de tecnologia, saúde, energia limpa e infraestrutura global raramente têm seus melhores representantes na bolsa brasileira.

A diversificação geográfica amplia horizontes e diminui a dependência do cenário local.

No texto estruturando uma carteira internacional eficiente, estão reunidas formas de construir uma carteira realmente equilibrada entre mercados e moedas, considerando riscos específicos e oportunidades exclusivas.


Como escolher onde investir e abrir conta?


A decisão entre investir em ativos globais via Brasil ou abrir uma conta internacional depende de diferentes fatores. Em ambos os casos, o primeiro passo é avaliar o perfil do patrimônio, o objetivo (proteção, crescimento, renda ou sucessão) e o grau de engajamento desejado.


  • Segurança: Procure corretoras reguladas em países com histórico de proteção ao investidor, como EUA, Reino Unido ou Suíça.

  • Custos: Compare taxas de manutenção, corretagem, câmbio, spreads e transferência internacional de recursos.

  • Facilidade de uso: Plataformas amigáveis, atendimento em português e aplicativos atualizados fazem diferença no dia a dia.

  • Reputação: Consulte fóruns, associações e órgãos de defesa do consumidor internacional.

  • Oferta de ativos: Veja se a instituição oferece acesso ao tipo de ativo desejado: ações, fundos, ETFs, REITs, renda fixa global, etc.

  • Suporte legal e fiscal: Certifique-se de que a corretora colabora com remessas legais e fornece extratos claros para declaração no Brasil.


A abertura pode ser digital e rápida na maioria dos casos, exigindo envio de documentos, prova de endereço e preenchimento de questionário de perfil de risco. Já a remessa de recursos exige uso de casa de câmbio ou envios bancários, sempre declarando as quantias conforme as regras do Banco Central.

Ao estruturar sua internacionalização patrimonial, conte sempre com o apoio de uma consultoria independente. A Oregon, por exemplo, desenha modelos personalizados e sem conflitos, adequados tanto para quem está começando quanto para famílias com estrutura multifacetada no Brasil e fora dele.


Riscos e desafios dos investimentos globais


Diversificar internacionalmente exige conhecer riscos diferentes dos que se enfrenta no Brasil. Aqui vão alguns pontos de atenção para tomar decisões mais conscientes:


Ao investir em moedas fortes, há risco de o real se valorizar frente ao dólar ou euro, reduzindo o retorno ao converter para reais. Isso pode acontecer em ciclos, por motivos políticos ou econômicos. É preciso pensar se o objetivo é receber em moeda estrangeira ou proteger e crescer os ativos, independentemente das flutuações do real.


Apesar de serem considerados mais estáveis, países desenvolvidos também podem mudar regras fiscais, limitar investimentos e impor restrições legais. Acompanhar notícias e estar atento às regras de cada país ajuda a evitar surpresas.


Ativos negociados em grandes bolsas tendem a ser facilmente vendidos a qualquer momento, mas ativos alternativos e fundos menores podem ter resgates mais demorados ou custos elevados na liquidação.


Tarifas de conversão de moeda, spreads bancários, taxas de manutenção e custo fiscal em caso de falecimento são custos muitas vezes ignorados. Atenção ao ler contratos e simular cenários de longo prazo.

Risco existe em qualquer lugar, diversificar é aceitar o que não se pode prever.

Boas práticas de planejamento financeiro internacional


Para brasileiros que buscam mais do que rentabilidade, a jornada internacional precisa ser guiada não só por números, mas por propósito, disciplina e educação financeira.


  • Alinhe objetivos de vida às decisões patrimoniais globais;

  • Atualize sempre o inventário de ativos, valores, moedas e posições no exterior;

  • Controle remessas legadas via transferências transparentes e comprovadas;

  • Reveja, ao menos anualmente, se a alocação ainda faz sentido diante dos ciclos do Brasil e do mundo;

  • Estude veículos eficientes, como holdings patrimoniais, que podem favorecer blindagem e sucessão, conforme detalhado neste artigo sobre holding patrimonial;

  • Utilize orientação de uma consultoria especializada em patrimônio, como a Oregon, para estruturar todas as etapas do processo internacional;

  • Aprofunde o entendimento de processos de planejamento internacional com conteúdos como o guia prático de proteção e crescimento patrimonial;


Tributação e obrigações para brasileiros com ativos no exterior


A internacionalização do patrimônio traz obrigações fiscais relevantes. Todo brasileiro residente fiscal, mesmo com apenas parte do patrimônio fora, deve prestar contas à Receita Federal e ao Banco Central.


Ganho de capital em aplicações no exterior é tributado no Brasil, via carnê-leão, com alíquotas de até 22,5%. Dividendos de ações americanas sofrem retenção nos Estados Unidos, podendo ser compensados segundo o acordo bilateral Brasil-EUA. Fundos internacionais, ETFs e outros instrumentos têm regras próprias, exigindo bastante atenção. O resgate ou venda de ativos com lucro exige apuração e recolhimento mensal do imposto, mesmo que o dinheiro não volte para o Brasil.


Todo residente brasileiro com saldo superior a US$ 1 mil no exterior deve declarar esses bens no imposto de renda anual (campo "Bens e Direitos"). Se o valor ultrapassar US$ 1 milhão, há obrigação adicional de informar no DCBE (Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior), até 5 de abril de cada ano, sob risco de multa pesada.


Resumo das principais obrigações fiscais:


  • Apuração mensal de ganho de capital;

  • Pagamento de imposto via DARF (código 8523) até o último dia útil do mês seguinte ao ganho;

  • Declaração de patrimônio no exterior anualmente no IRPF;

  • DCBE para saldos superiores a US$ 1 milhão.


Atenção: a legislação internacional pode mudar, demandando revisão constante do planejamento fiscal e sucessório. Conte com uma consultoria patrimonial realmente especializada, como a Oregon, para evitar erros que possam comprometer segurança e eficiência no longo prazo.


Como acompanhar e revisar seus investimentos internacionais?


Investir fora do Brasil implica monitorar moedas, ativos, notícias econômicas e políticas de vários países. Acompanhar tudo isso pode ser um desafio, mas algumas práticas tornam o processo mais claro e seguro:


  • Utilize dashboards integrados para visualizar tudo em um só lugar;

  • Registre remessas, datas, valores, taxas e impostos pagos;

  • Faça revisões periódicas da estratégia, considerando mudanças nos objetivos e na situação global;

  • Eduque-se de forma constante sobre produtos, mercados e oportunidades;

  • Tenha fontes confiáveis de informação para evitar ruídos, boatos e decisões precipitadas.



Para muitos, o acompanhamento é feito em parceria com consultorias independentes reconhecidas como a Oregon, cuja reputação nasce justamente do olhar integral sobre o patrimônio: cuidando dos detalhes tributários, jurídicos, estratégicos e educacionais.


Conclusão


A decisão de internacionalizar o patrimônio é, acima de tudo, um movimento racional diante de um mundo mais conectado, e mais incerto. Quem busca consistência, proteção e oportunidades no longo prazo, precisa olhar além das fronteiras. Os instrumentos existem, o acesso nunca foi tão simples e acessível, e o apoio técnico, como o oferecido pela Oregon, pode fazer toda a diferença entre uma simples aplicação e a construção de uma estratégia sólida.


Caminhar rumo a uma carteira internacional exige disciplina e, sobretudo, propósito. Diversificar não é apenas buscar melhores retornos: é senso de responsabilidade com o patrimônio e com o futuro. Seja qual for o momento, vale dar o próximo passo guiado pela qualidade das informações, bons parceiros e consultoria alinhada aos valores pessoais.


Quer avançar com confiança? Conheça mais sobre a abordagem consultiva da Oregon, o conteúdo técnico do nosso blog e descubra o que faz sentido para a realidade da sua família. O futuro do seu patrimônio não precisa ter fronteiras.


Perguntas frequentes sobre investimentos no exterior



O que são investimentos no exterior?


Investimentos no exterior são aplicações em ativos financeiros localizados fora do Brasil, como ações internacionais, fundos globais, títulos estrangeiros, imóveis ou moedas fortes. Podem ser feitos diretamente em corretoras internacionais ou por instrumentos negociados no Brasil, como BDRs e alguns ETFs. O objetivo é diversificar o patrimônio e reduzir riscos concentrados apenas no país.


Como começar a investir fora do Brasil?


O primeiro passo é definir seu objetivo e analisar seu perfil de risco. Depois, escolha entre investir por instrumentos negociados no Brasil (como BDRs e ETFs internacionais) ou abrir uma conta em corretora no exterior. Para contas internacionais, será preciso reunir documentos, preencher formulários e transferir recursos legalmente. Buscar orientação de uma consultoria especializada, como a Oregon, ajuda a desenhar a estratégia certa e evitar erros fiscais.


Vale a pena diversificar com ativos internacionais?


Sim, diversificar com ativos internacionais reduz riscos, amplia o acesso a mercados desenvolvidos e moedas fortes, protege contra crises locais e abre oportunidades que muitas vezes não existem no Brasil. Os dados recentes do Banco Central mostram o aumento da internacionalização de patrimônio entre brasileiros, reforçando o valor prático dessa estratégia para famílias de alta renda e patrimônio relevante.


Quais os riscos de investir no exterior?


Os principais riscos de aplicação internacional são: variação cambial, mudanças de legislação dos países investidos, custos operacionais, diferenças de liquidez e a necessidade de cumprir regras fiscais no Brasil e fora. Uma boa estrutura de planejamento reduz esses riscos e permite decisões mais conscientes. Consultorias como a Oregon auxiliam na análise de cada cenário e oferecem apoio para gestão dos riscos e obrigações.


Onde encontrar as melhores opções de investimentos internacionais?


As melhores opções dependem dos objetivos, perfil patrimonial e tolerância a risco de cada investidor. É possível acessar produtos por corretoras brasileiras (BDRs e ETFs) ou, para maior liberdade, abrir contas em plataformas internacionais reguladas e confiáveis. Para identificar oportunidades alinhadas ao perfil e construir uma estratégia eficiente, o ideal é contar com o olhar técnico de uma consultoria independente e especializada, como a Oregon, que oferece abordagem personalizada e transparente.

 
 
 

Comentários


bottom of page