Novas regras do FGC: o que muda para quem investe em CDBs
- By Oregon Invest

- 28 de ago.
- 2 min de leitura
O mercado de renda fixa no Brasil está passando por uma transformação importante. A partir de junho de 2026, entram em vigor novas regras do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), mudanças que podem alterar a forma como bancos oferecem CDBs e como os investidores acessam esse tipo de produto.
Mas afinal, o que muda na prática? E como isso afeta quem investe?
O que é o FGC e por que ele é tão importante?
O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) é uma entidade privada sem fins lucrativos que protege investidores em caso de problemas financeiros de bancos ou instituições associadas.
Na prática, se um banco quebra, o FGC garante até R$ 250 mil por CPF por instituição, limitado a R$ 1 milhão a cada quatro anos.
Esse mecanismo é um dos principais responsáveis por dar confiança aos investidores em CDBs, LCIs, LCAs e outros produtos bancários.
O que muda a partir de 2026?
As novas regras chegam após um movimento agressivo de alguns bancos, em especial o Banco Master, que oferecia CDBs com taxas muito acima da média (120% a 130% do CDI), usando a proteção do FGC como atrativo.
Para evitar que o fundo seja usado de forma desequilibrada, o Conselho do FGC aprovou mudanças que impactam todo o mercado:
• Contribuição adicional dos bancos ao FGC dobrada: de 0,01% para 0,02%.
• Limite de cobertura do FGC passa a ser por grupo econômico (e não apenas por instituição).
• Instituições mais alavancadas terão que direcionar recursos excedentes para títulos públicos, reduzindo risco sistêmico.
Impactos para o investidor
A principal consequência será a redução na oferta de CDBs com rentabilidades muito acima do mercado.
Segundo especialistas, a expectativa é que CDBs acima de 120% do CDI se tornem raros — a nova normalidade deve ficar em torno de 110% do CDI.
Na prática, isso significa:
• Menos “super rentabilidades” fáceis de encontrar.
• Mais estabilidade e segurança no sistema como um todo.
• Necessidade de um planejamento financeiro mais criterioso, que vá além de simplesmente buscar a taxa mais alta.
O que isso significa para você
Se por um lado a mudança pode frustrar quem busca ganhos expressivos em CDBs, por outro ela fortalece a robustez do sistema financeiro brasileiro.
A ideia é garantir que bancos não usem o FGC como “muleta” para atrair investidores com promessas de rentabilidade que não refletem sua saúde financeira real.
Para o investidor, o recado é claro: não basta olhar apenas a taxa de rentabilidade.
É preciso entender o risco do emissor, o cenário macroeconômico e, principalmente, como cada ativo se encaixa na sua estratégia de longo prazo.
Como a Oregon pode ajudar
Na Oregon acreditamos que a clareza é o maior patrimônio do investidor.
Por isso, atuamos como consultoria independente, sem comissões sobre produtos, sem vínculo com bancos, e sempre com foco total no cliente.
Nosso papel é analisar o cenário, identificar oportunidades e desenhar estratégias que façam sentido para você, para o seu patrimônio e para os seus objetivos.
Quer entender como as novas regras do FGC podem impactar sua carteira e como adaptar sua estratégia de investimentos?





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